.

Herbert Hette

 

Lídia Alvise, uma amiga muito querida

"... dediquei o livro a uma pessoa que foi muito especial para mim. Quando terminei Diana, pedi a Lídia Alvise que a lesse. Isso foi há anos, e bem antes de seu falecimento. Eu estava em São Paulo numa viagem de poucos dias quando chegou a notícia. Foi horrível. Não tive com quem conversar, estava sozinho, longe de casa, dos amigos em comum, parentes...

Era uma pessoa maravilha, inesquecível. Séria, íntegra. Sou grato eternamente pela sua amizade.

A casa dela estava sempre aberta, sempre com a porta aberta literalmente, um entra e sai constante. Era uma pessoa muito querida no bairro, na cidade.

Coração enorme, uma alma do bem, um espírito crítico em brasa e sempre pronta a ajudar quem a procurasse. Amiga de verdade, dessas que falavam o que você precisava ouvir, às vezes carinhosamente, às vezes sem tato algum  rsrs


Como tenho saudades de nossos longos papos pelas tardes adentro. Muita saudade dela, de sua alegria, de seu humor cítrico, não poucas vezes incendiário...


Bem, ela ficou furiosa quando Diana se feriu. Jamais aceitou aquilo... 'Onde você arranjou urso aqui no Brasil?!' ... Recusei alterar qualquer item no texto, mesmo uma vírgula que fosse - eu era muito radical quanto a isso na época - ela ameaçou nunca mais ler qualquer coisa minha.

Depois quando se acalmou consegui explicar o futuro de Diana, que viria em novos episódios, como ela lidaria com seus demônios, com descobertas obscuras e tal.
Felizmente ela não cumpriu a ameaça e continuou lendo meus textos, mas também nunca se conformou com o ferimento de nossa anti-heroína.

 

Às vezes e por anos, do nada ela olhava bem para mim e ria. — "Urso no Brasil? kkkk "

 



volta        sobe
.

para textos inéditos
Herbert Hette no Facebook e no Twitter

ou envie-nos um email

E-mail:

Austrália Meu Amor  1ª edição  impressa                Pétalas de Crepom  4ª edição  impressa   
.